Museu da Imagem e do Som do Ceará realiza programação diversa com exposições, roda de conversa e visitas mediadas

O Museu da Imagem e do Som do Ceará segue com cinco exposições abertas e com uma programação diversificada composta por visitas mediadas e rodas de conversa. Esta semana é a última chance para conferir a exposição “Leocácio Ferreira – Todos juntos, vamos…!”, que fica em cartaz até dia 12 e oferecerá visitas mediadas na sexta (10) e no domingo (12). A exposição coletiva “Horizontes Desejantes”, que acontece na sala imersiva, ganha exibição especial e roda de conversa com os curadores e com os artistas no sábado (11). Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público. O MIS integra a Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, com gestão parceira do Instituto Mirante de Cultura e Arte.

 

Visitas mediadas à exposição “Leocácio Ferreira – Todos juntos, vamos!…”

 

Em sua última semana aberta para visitação, a exposição “Leocácio Ferreira – Todos juntos, vamos!…” oferecerá visitas mediadas na sexta (10) e no domingo (12). Com curadoria de Rosely Nakagawa, a exposição (localizada no andar +2 do Anexo) oferece um passeio pela obra deste fotógrafo que atuou no Ceará nas décadas de 1960-1970 e construiu sua própria câmera panorâmica. Leocácio registrou construções, eventos sociais e paisagens urbanas.

 

  • “A cidade em panorama”

 

Na sexta (10), a visita mediada “A cidade em panorama” será conduzida pelos educadores do MIS Alisson Freitas e Elen Andrade, e será oferecida em duas sessões: a primeira às 16h30 e a outra às 18h30. A programação é acessível para surdos, pois contará com a presença de intérprete de Libras. As inscrições serão feitas por ordem de chegada, 30 minutos antes de cada sessão, na recepção do Anexo. A mediação buscará traçar um percurso sobre a história da fotografia panorâmica, tomando como ponto de partida a cidade de Fortaleza, a memória urbana e o tempo. A reflexão se dará a partir das lentes da Jane-Pan, a câmera panorâmica construída por Leocácio, e a partir dos processos de trabalho do fotógrafo.

 

Sobre Alisson Freitas:

Nascido no Pirambu, mestrando em História pela Universidade Estadual do Ceará, pesquisador e colaborador de projetos ligados à história do Ceará. Já atuou em alguns espaços culturais da cidade como educador museal e no momento compõe a Equipe de Educação e Formação do MIS-CE.

 

Sobre Elen Andrade:

Mulher Negra. Artista e ativista. Faz parte do Coletivo de Audiovisual do Semiárido Algueiro. Estudante de História na UECE. Formada em audiovisual. Fez a direção de fotografia no documentário “Damas de Barro” (2015). Dirigiu o curta-metragem “Travessias” (2019) – o filme foi contemplado no XI edital de cinema e vídeo da Secult CE. Trabalha com colagem, fotografia, cineclube e vídeo-instalação. Atualmente é educadora no MIS-CE.

 

  • “Vidas e memórias de dois fotógrafos”, com Leocácio Filho

 

No domingo (12), marcando o último dia da exposição, haverá uma visita mediada especial com a presença do filho de Leocácio e também fotógrafo Leocácio Filho. Desde os 9 anos, ele acompanhava o pai pelos caminhos da fotografia. Hoje, o fotógrafo segue usando a câmera Jane-pan, criada por Leocácio Ferreira, para realizar imagens panorâmicas. Nesta visita, ele irá compartilhar sua experiência com o ofício herdado e as memórias que tem em relação ao pai. A mediação será feita por Alisson Freitas e Francisca Silva, educadores do MIS. A visita mediada começa às 17h. As inscrições serão feitas por ordem de chegada, 30 minutos antes, na recepção do Anexo. A programação é acessível para surdos, pois contará com a presença de intérprete de Libras.

 

Exibição da exposição “Horizontes Desejantes” e roda de conversa com curadores e artistas

 

No sábado (11), a partir das 18h, o MIS realizará uma exibição especial da exposição “Horizontes Desejantes” na sala imersiva, seguida por uma roda de conversa com os artistas participantes e com os curadores Alexandre Sequeira e Iana Soares. Obra resultante de convocatória realizada no Fotofestival Solar 2022, “Horizontes Desejantes” reúne 26 artistas cearenses na forma de um caleidoscópio onde múltiplos pontos de vista se encontram, se confundem e se complementam para, a partir desse conjunto, refletir sobre questões como desejo e alteridade; desejo e intimidade; desejo, corpo, rito e transcendência; desejo, distopia e utopia; desejo e paisagem; desejo e memória; desejo e existência.

Confira os artistas participantes da exposição:

Ana Mundim, Amorfas, Beatriz Benitez, Beto Skeff, Dayane Araújo, Diana Medina, Fernanda Siebra, Fernando Maia Da Cunha, Fernando Jorge, Gregório Souza, Guilherme Freire, Gustavo Costa, Leo Silva, Luciana Rodrigues, Negro Sousa, Nicolas Gondim, Nivando Bezerra, Régis Amora, Rubens Venâncio, Ruy Cézar Campos, Thais Mesquita, Tiago Pedro, Ozeias Araújo, Valdir Machado Neto, Wallison Azevedo, Yuri Juatama.

Sobre Alexandre Sequeira:

Artista visual, Mestre e Doutor em Arte pela UFMG e professor na graduação e na pós-graduação do Instituto de Ciências da Arte da UFPa. Desenvolve pesquisas na área de Artes, com ênfase em Fotografia e Arte Contemporânea, atuando principalmente nos seguintes temas: artes visuais, artes, curadoria e mostras de artes visuais. Participa de encontros de Fotografia, seminários e exposições no Brasil e exterior, é membro do Conselho Curatorial da Fotoativa/PA e atuou em Curadorias independentes, como também junto a instituições ou projetos como o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia/ PA, Fundação Badesc/SC, Mapeamento da Fotografia Contemporânea do Rio Grande do Norte/RN, ArteSesc Confluências/BR, Salão Arte Pará/PA e Projeto Rumos Artes Visuais/BR.

Sobre Iana Soares:

Jornalista, fotógrafa e professora. Tem interesse nas relações entre a palavra e a imagem, a literatura e a fotografia, o real e a imaginação. Fez mestrado em Criação Artística Contemporânea na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Barcelona. Tem Especialização em Escrita Literária pelo Centro Universitário Farias Brito. Foi articulista e editora do Núcleo de Imagem do Grupo de Comunicação O POVO, em Fortaleza, onde trabalhou entre 2009 e 2018. Coordenou o Programa de Formação Básica em Artes Visuais e o Programa de Fotopoéticas, da Escola Porto Iracema das Artes, entre 2018 e 2022. Integra a equipe de coordenação geral do Fotofestival SOLAR. Atualmente é coordenadora de Educação e Formação do Museu da Imagem e do Som do Ceará.

“Refugo: Bixas são sereias descartadas como roupas no deserto”, de M.Dias Preto

 

Inicialmente prevista para ficar em cartaz até o último domingo, a instalação performática “Refugo: Bixas são sereias descartadas como roupas no deserto”, do artista visual M.Dias Preto, foi prorrogada até dia 12 de fevereiro.

 

Em um futuro próximo, no mar de roupas do deserto, surge um ser oriundo do descarte. Uma  Bixa-Sereia. Nasceu como refugo e encontra na moda um refúgio. Lembranças da criança viada  podada, do corpo militarizado e da sensação de rejeito. Descartam roupas assim como bixas. Mas esquecem que elas se replicam como vírus prontas para hackear.

 

A pesquisa “Refugo: Bixas são sereias descartadas ao deserto assim como roupas” surge da comparação entre o descarte de roupas oriundas do fast fashion, em paralelo ao descarte dos corpos de “Bixas”, as quais costumam servir apenas para o entretenimento ou uma noite de prazer. Nesse contexto, o autor da obra se deparou com sentimentos de rejeição que perpassam sua  vida, trazendo à tona movimentos da sua infância e adolescência, vividas em escola militar. A moda, nessa pesquisa, surge como ponto de encontro entre memórias positivas e negativas. É uma construção e uma desconstrução do que é ser “bixa”.  A instalação estará aberta à visitação na escadaria do anexo, no horário de funcionamento do MIS.

M. Dias Preto

Artista visual cearense vencedor do Prêmio 2° Décio Noviello de Fotografia; participante do 72° Salão de Abril e Salão de Arte Contemporânea de Ribeirão Preto. Trabalha com a subversão da realidade por meio de múltiplas linguagens, tencionando questões LGBTQIAP+, de negritude  e gênero, construindo novos universos através da manipulação digital ou manual de imagens.

Exposições

 

O MIS segue com cinco exposições abertas de terça a domingo.

 

  • Coragem

 

A obra, em formato de projeção imersiva, é resultado do Ateliê Imersivo “Mestre é quem de repente aprende”, realizado pelo MIS em julho de 2022 e conduzido pelo artista multimídia Batman Zavareze e equipe. A exposição é o resultado deste processo de formação e criação colaborativa que reuniu 44 pessoas em 40h/aula de imersão intensa. Em cartaz na sala imersiva (andar -2 do anexo) em dias e horários específicos (ver no Serviço).

 

  • “Horizontes Desejantes”

 

A exposição reúne imagens de 26 artistas cearenses na forma de um caleidoscópio onde múltiplos pontos de vista se encontram, se confundem e se complementam para, a partir desse conjunto, refletirmos sobre questões como: desejo e alteridade; desejo e intimidade; desejo, corpo, rito e transcendência; desejo, distopia e utopia; desejo e paisagem; desejo e memória; desejo e existência. Com curadoria de Alexandre Sequeira e Iana Soares, a exposição foi montada a partir de convocatória realizada pelo Fotofestival Solar em 2022. Em cartaz na sala imersiva (andar -2 do anexo) em dias e horários específicos (ver no Serviço).

 

  • “Ontem choveu no futuro”

 

Instalação imersiva concebida pelo artista Batman Zavareze, com projeções que se expandem para todas as superfícies da sala (paredes e chão), mergulhando o público em imagens e sons que buscam explorar várias perspectivas do Ceará, fazendo um passeio por fotografias, arte generativa, arte abstrata etc. Em cartaz na sala imersiva (andar -2 do anexo) em dias e horários específicos (ver no Serviço).

 

  • “Leocácio Ferreira – Todos juntos, vamos…!” (última semana em cartaz)

 

Oferece um passeio pela obra deste fotógrafo que atuou no Ceará nas décadas de 1960-1970 e construiu sua própria câmera panorâmica. Leocácio registrou construções, eventos sociais, espaços urbanos, entre outros. A curadoria é de Rosely Nakagawa. A exposição fica no andar +2 do anexo e abre de terça a domingo (ver horários no Serviço).

  • “Laboratório dos Sentidos”

 

Exposição interativa que oferece vários equipamentos para os visitantes manipularem e experimentarem conceitos relacionados à imagem e ao som. A curadoria é de André Scarlazzari. Para esse espaço, é organizada uma fila de espera, onde entram 20 pessoas a cada 30 minutos. A exposição funciona no casarão do MIS e abre de terça a domingo (ver horários no Serviço).

 

SERVIÇO:

MUSEU DA IMAGEM E DO SOM

Endereço: Av. Barão de Studart, 410. Meireles.

Funcionamento:

  • Terça a quinta: 10h às 18h, com acesso às exposições até 17h30.

  • Sexta a domingo: 13h às 20h, com acesso às exposições até 19h30.

Entrada: gratuita.

Fonte: Camile Queiroz

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