Clínica de Reabilitação para Homofóbicos: performance leva reflexão para espaços públicos de Fortaleza

No mês de outubro, os artistas e pesquisadores Eduardo Bruno e Waldírio Castro realizam a intervenção urbana “Clínica de Reabilitação para Homofóbicos”, que visa provocar reflexão sobre a homofobia e outras formas de opressão. O trabalho, inicialmente focado na homofobia por ser uma vivência direta dos artistas, também inspira outras dissidências de gênero, sexualidade e corporalidade a criarem suas próprias “clínicas” para tratar transfobia, racismo, capacitismo e xenofobia estruturais em nossa sociedade.

 

A performance, já realizada no Festival “Sindicato da Performance” no Crato (CE), e em Fortaleza, na Mostra Verbo (Pinacoteca do Ceará) e no Centro Dragão do Mar, retorna à cidade em outubro com apresentações em quatro locais:

 

  • 10/10 – Praça da Messejana (10h às 11h)

  • 17/10 – Feira do Álvaro Weyne (10h às 11h)

  • 21/10 – Praça das Artes – Maraponga (18h às 19h)

  • 31/10 – Beira-Mar – Praia de Iracema (18h às 19h)

 

Na performance, os artistas, usando uniformes da “Clínica”, distribuem panfletos que dizem: “Se você tem se sentido homofóbico, nós temos a solução”, juntamente com um número de telefone e WhatsApp. Em um momento da ação, eles exibem uma faixa de dois metros em uma faixa de pedestres com a mensagem: “Homofobia tem cura e você pode se tratar conosco”, convidando o público a interagir via WhatsApp em horário comercial, como em um Call Center performático.

 

“Além das performances ao vivo, a circulação da “Clínica de Reabilitação para Homofóbicos” contará com 8 busdoors espalhados em diferentes linhas de ônibus de Fortaleza por um mês. Para garantir um atendimento qualificado via WhatsApp, um psicólogo especializado em gênero e sexualidade estará disponível para suporte”, destaca Eduardo Bruno.

 

Como última etapa do projeto, que é uma realização da Plataforma Imaginários com apoio da Secretaria de Cultura de Fortaleza por meio da Lei Paulo Gustavo, será lançado o foto-livro com 200 exemplares, contendo registros das quatro performances realizadas em diferentes regiões de Fortaleza, além de imagens dos busdoors e relatos dos performers Eduardo Bruno e Waldírio Castro.

 

“O trabalho subverte a lógica histórica de patologização, ao propor que não a homossexualidade, mas sim a homofobia é a verdadeira doença que precisa ser tratada. Ao provocar o imaginário sobre a patologização da homofobia, a obra denuncia a violência e o sofrimento gerados contra corpos LGBTQIAPN+, inserindo-se como uma produção artivista de resistência ao conservadorismo e à violência social”, afirma Waldírio Castro.

 

SERVIÇO

Clínica de Reabilitação para Homofóbicos

Performances em Fortaleza:

10/10 – Praça da Messejana (10h às 11h)

17/10 – Feira do Álvaro Weyne (10h às 11h)

21/10 – Praça das Artes – Maraponga (18h às 19h)

31/10 – Beira-Mar – Praia de Iracema (18h às 19h)

Gratuito

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